Dificuldades mais frequentes ao lidar com crianças autistas em sala de aula

De acordo com dados do G1 e o Censo da Educação Básica, o Brasil registrou um crescimento expressivo de 50% no número de crianças e adolescentes com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados em salas regulares entre 2022 e 2023. Esse número subiu de 405.056 para 607.144 estudantes. O TEA abrange uma ampla gama de perfis, com diferentes níveis de independência. Enquanto alguns indivíduos são mais autônomos e classificados como “nível 1”, outros necessitam de apoio intenso e se enquadram no “nível 3”. Dado esse espectro variado, as estratégias pedagógicas e os desafios de cada criança são únicos. Neste artigo, exploraremos essas dificuldades e como promover a inclusão dessas crianças no ambiente escolar.

INCLUSÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS

Pastor Glauco Ferreira

1/10/20252 min read

Crescimento do número de alunos com TEA no ensino regular

O número de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculadas em escolas está aumentando constantemente. Em 2017, pouco mais de cem mil alunos estavam registrados em instituições de ensino públicas e privadas. No entanto, nos últimos anos, houve um aumento significativo nas matrículas, incluindo mais de mil novos alunos apenas no último ano, como ilustrado nos gráficos abaixo:

Esse crescimento se deve, em grande parte, aos avanços na identificação do autismo por profissionais de saúde, além da crescente compreensão sobre a importância de incluir essas crianças no ambiente escolar.

Estima-se que, nos Estados Unidos, uma em cada 36 crianças de 8 anos tenha um diagnóstico de autismo, enquanto no ano 2000, a proporção era de um em cada 150. No Brasil, pesquisas ainda estão em andamento para medir essa proporção, mas acredita-se que alguns alunos já frequentavam a escola antes de um diagnóstico formal.

Desafios enfrentados por alunos com TEA na sala de aula

1. Dificuldades de Comunicação

Alunos com TEA podem apresentar limitações na comunicação, enfrentando barreiras para expressar emoções e pensamentos. Isso pode causar frustrações durante interações com colegas e professores.

Para apoiar esses alunos, é essencial utilizar estratégias de Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), como imagens, gestos ou dispositivos que facilitem a expressão. Também é fundamental criar um ambiente de aceitação e segurança para que os alunos sintam-se à vontade para se comunicar de formas alternativas.

2. Inflexibilidade e Resistência a Mudanças

Muitos alunos com autismo preferem rotinas estruturadas e podem sentir ansiedade diante de alterações no ambiente ou na rotina escolar. Essa dificuldade em lidar com mudanças pode impactar tanto seu desempenho acadêmico quanto emocional.

Para lidar com essa situação, os educadores precisam adaptar as atividades e o ambiente, valorizando as diferenças dos alunos e promovendo inclusão. Além disso, suporte psicológico e terapias especializadas podem ser úteis para ajudar no desenvolvimento desses alunos.

Quer aprender mais sobre estratégias de comunicação? Acesse nosso canal no YouTube.

Pastor Glauco Ferreira

Glauco Ferreira é pastor da Igreja Metodista do Brasil. Bacharel em Teologia, é casado com Angelica e pai do Asafe - adolescente autista diagnosticado em 2012, aos dois anos de idade. Idealizador do Autismo na Igreja, atua há mais de 12 anos com inclusão na igreja.

recorte em imagem e deixe-a em formato circular
recorte em imagem e deixe-a em formato circular