A paz que fala no meio do caos

Série "Fundamentos do Amor e da Fé"

DEVOCIONAL

Prs. Glauco Ferreira e Angelica Freitas

8/9/20253 min read

Dia 08 de agosto de 2025 – Sexta-feira

A paz que fala no meio do caos
Referência bíblica: Filipenses 4:6-7
"Não andem ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus."

Reflexão

A ansiedade costuma ser companheira constante de quem vive a rotina da família atípica. Há consultas, laudos, reprovações escolares, crises sensoriais, noites interrompidas — e, por trás de cada tarefa, um rio de preocupações sobre o futuro: quem cuidará, como será a vida social, se haverá progresso, qual será a resposta das instituições. É natural—humano—sentir medo e inquietação.

Paulo não nega a realidade do medo; ele não instrui a suprimir sentimentos. Antes, oferece um caminho prático e teológico: levar tudo a Deus em oração e súplica, com ações de graças. Esse “com” é decisivo. Não se trata de uma técnica espiritual vazia, mas de uma disciplina que transforma o coração: agradecer enquanto se apresenta a necessidade. A gratidão reorienta os olhos da falta para a fidelidade já experimentada.

A promessa que segue não promete ausência de angústia, mas uma presença capaz de guardá-la: a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os corações e as mentes. Guardar aqui é verbo ativo; o Espírito opera como sentinela, protegendo nossa vida interior do desespero. Trata-se de uma paz que não depende de circunstâncias favoráveis — ela nasce da proximidade com Cristo, da confiança na sua soberania amorosa.

Na prática pastoral, essa passagem nos lembra duas verdades: 1) orar não é uma tentativa de controlar as circunstâncias; é confessar nossa dependência e trazer a realidade para a presença de Deus; 2) a paz de Deus pode conviver com o cansaço, com o medo e com a luta — ela não cancela o problema, mas nos dá a segurança interior para enfrentá-lo sem desespero.

Para casais que cuidam de filhos autistas ou com deficiência, isso significa cultivar momentos reais de oração localizados e intencionais — não necessariamente longas, mas verdadeiras. Significa ensinar à família, nas pequenas práticas, que as emoções são bem-vindas diante de Deus e que levá-las ao altar é também um ato de fé. Quando convertemos ansiedade em súplica agradecida, abrimos espaço para que a paz que guarda transforme a maneira como reagimos às crises: menos reatividade, mais presença; menos culpa, mais compaixão.

Atividade prática

  1. Ritual de entrega em casal (10–15 minutos):

    • Sentem-se frente a frente, em um local tranquilo. Cada um escreve, em um papel, as três maiores preocupações que carrega (podem ser práticas ou emocionais).

    • Troquem os papéis e leiam em voz alta, com gentileza, sem interromper. Depois, cada um coloca o papel diante de Deus em oração — primeiro agradecendo por alguma forma que Deus já foi fiel, em seguida apresentando o pedido. Finalizem declarando juntos: “Senhor, confiamos-te isto.”

  2. Prática diária (2 minutos):

    • Todas as manhãs, antes das tarefas, reserve 2 minutos para repetir em silêncio: “Senhor, eu te entrego este dia; dá-me a Tua paz.”

    • Se surgir ansiedade durante o dia, respire fundo três vezes, e repita uma frase curta de entrega (ex.: “Senhor, confio em Ti”).

Frase de inspiração

“A paz de Deus não apaga a luta — ela nos sustenta no meio dela.”

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